“Estamos sendo roubados e lesados”, diz Cabo Bebeto sobre denúncia de acúmulo de função na saúde

“Estamos sendo roubados e lesados”. A denúncia de irregularidades praticadas pelo diretor do Hospital Metropolitano e subsecretário da Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau), apresentadas pelo deputado Davi Maia na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta quarta-feira, dia 18, foi reforçada pelo deputado Cabo Bebeto.

Em aparte à fala de Maia, que mostrou a realidade constatada na folha de pagamento do médico Marcos Ramalho, conhecido como Sargento Ramalho, que, segundo Maia recebe um valor superior a R$ 70 mil mensais e “consegue” estar em três plantões ao mesmo tempo, Cabo Bebeto acrescentou que por diversas vezes pediu informações à Sesau e até hoje não recebeu nenhuma resposta.

“Entendo que é importante o trato dos gestores com os membros desta casa”, comentou Cabo Bebeto, lembrando que não é ao deputado que o serviço público deve atender, mas à população, que está carente desse serviço, e essa é a finalidade do cargo do secretário e do servidor público.

“Não estamos questionando a competência de ninguém, nem desmerecendo os valores pagos pelos plantões realizados por aqueles que têm a função de salvar vidas, assim como médicos, maqueiros, assistentes sociais e todos os que integram a rede de atenção à saúde”, defendeu.

O parlamentar comentou que não se trata de arguir a capacidade profissional, mas a física e geográfica, já que, no caso, o médico alega dar plantão no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e no Hospital Metropolitano e ainda, no mesmo horário e no mesmo dia, participa de reunião no Palácio de Governo com Renan Filho. “Não pode estar em três lugares ao mesmo tempo. Isso está errado e deve ser apurado. Tem que ter uma CPI na saúde de Alagoas. O alagoano quer saber”.

“Esse médico está enriquecendo de forma ilícita e imoral. Estamos sendo roubados e lesados. Essa é a gestão Renan Filho”, concluiu Cabo Bebeto.

Foto: Igor Pereira