“Governador mente ao afirmar que vacinou todos os grupos prioritários”, denuncia Cabo Bebeto

O deputado estadual Cabo Bebeto subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), nesta quinta-feira, dia 20, para questionar o anúncio “mentiroso” publicado em uma rede social pelo governador do estado sobre a “conclusão” da vacinação dos grupos prioritários.

O parlamentar destacou que na terça-feira, dia 18, o governador postou a chegada de quase 100 mil doses de vacina para distribuir a todos os municípios.  Já ontem, dia 19, publicou que Alagoas é o primeiro estado que vacinou os grupos prioritários e “isso é mentira”, afirmou Cabo Bebeto.

O deputado destacou que ainda há policiais militares, policiais penais e bombeiros sendo vacinados e que, em cidades como Palmeira dos Índios e Arapiraca, alguns profissionais da educação ainda não foram vacinados.

“O governador fazer uso da rede social para enganar o cidadão, mentir, é uma pena, é lamentável”, comentou Cabo Bebeto.

Em aparte ao pronunciamento, o deputado Antônio Albuquerque (PTB) perguntou: “quem comprou as vacinas que estão chegando a Alagoas? É o governo federal ou algum estado as forneceu? A sociedade alagoana está precisando saber quem está fornecendo as vacinas para a população brasileira”, arguiu o parlamentar. 

Em resposta ao questionamento e aparteando a fala do deputado Cabo Bebeto, o líder do governo, Sílvio Camelo (PV), ressaltou que quem está comprando as vacinas é o governo federal.

PM

Outro tema questionado por Cabo Bebeto no parlamento foi a formação de 811 policiais militares. Apesar de ser um dia festivo, lamentou a “grande gafe” que a Polícia Militar cometeu na solenidade de formatura, ao não lembrar dos comandantes e secretários passados.

“É natural agradecer e parabenizar os antecessores como o cel. Lima Júnior, cel. Sampaio, o tenente cel. Marlon, entre outros, porém não vi nenhuma menção. Espero que a corporação mude essa postura, porque fica feio. Devemos ser gratos”, observou.

Cabo Bebeto recordou que os 811 formandos são da turma de 2006, que teve que entrar na Justiça para garantir seu direito e o estado foi obrigado a incorporá-los.  “Por que o antigo governo e o atual insistiram nesse litígio?”, arguiu. “Isso traz um prejuízo enorme para a PM, o concursado e para o alagoano”.

Já falei com o governador e mostrei os aprovados no concurso de 2017, que estão com os direitos garantidos, no entanto, se depender dessa gestão, certamente essa será a turma 2032. “Isso é lamentável”, reforçou o deputado.

Texto: Gabriela Flores

Foto: Ascom ALE