“A luta continua: não podemos desistir do Brasil”, reforça Cabo Bebeto em ato pela anistia

Neste domingo (16), patriotas e cidadãos inconformados com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram na Praça Vera Arruda, em Maceió, para um ato em defesa da anistia. O evento foi organizado pelo Movimento Brasil Resistente (MBR) e contou com a presença de alagoanos de diversas regiões do estado, que fizeram questão de participar da manifestação.

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) discursou para os presentes e destacou que o objetivo do ato é construir um país melhor para as futuras gerações. Ele também afirmou que Maceió é a capital nordestina mais bolsonarista.

“O pobre hoje conhece o verdadeiro Lula. Vocês que estão aqui já sabiam quem ele era. Aqueles que não acreditaram, hoje, estão aprendendo na dor”, declarou o deputado.

Cabo Bebeto citou a Argentina como exemplo de mudança econômica e destacou que o país vizinho saiu da maior inflação de sua história para uma economia em crescimento. “Isso aconteceu porque virou a chave. Espero que o Brasil siga o mesmo caminho, assim como aconteceu nos Estados Unidos, onde os cidadãos experimentaram um lado, depois o outro, e decidiram voltar para a direita. Eu sonho que isso venha a acontecer aqui. É insuportável a continuação do Lula no poder”, afirmou.

O deputado ressaltou que essa mudança política não acontecerá do dia para a noite e pediu persistência. “Temos que continuar insistindo e trabalhando para que isso aconteça”, disse.

Cabo Bebeto também criticou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e se referiu a ele de forma irônica. “A Lei Xandre está se achando o todo-poderoso”, declarou. Ele mencionou os casos de prisões relacionadas ao dia 8 de janeiro, incluindo pais e mães de família que, segundo ele, foram condenados a 17 anos de prisão por estarem com a Bíblia e um terço na mão. “São presos políticos, sim, e precisam do nosso apoio e da nossa assistência, para que pressionemos nossos deputados federais e senadores e a anistia aconteça”.

Ele enfatizou que o movimento de insatisfeitos está crescendo e que as injustiças contra os presos estão sendo vistas mundialmente. “O cerceamento dos advogados, a falta de defesa e de contraditório, o mundo está vendo e a gente não pode desistir”, disse.

Ao final de sua fala, o deputado pediu aos presentes que, ao orarem, peçam pela saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele precisa ter saúde para aguentar o inferno que enfrenta, e isso não é só por ele, é por nós. Precisamos ser gratos e continuar apoiando-o”, declarou.

Por fim, Cabo Bebeto reforçou a importância da mobilização: “Estamos lutando pelo futuro de um país que tem tudo para dar certo. Hoje, na presidência da República, temos uma referência do que é pior na gestão e no executivo. Mas, acredito que, se nos multiplicarmos, Lula vai, de uma vez por todas, deixar a política deste país. Peço que vocês jamais desistam, pois, se cada um fizer sua parte, tem jeito e vai dar certo”.

O Brasil tem jeito e vai dar certo

Na sequência, Caio Bebeto também discursou e criticou a situação política do país, citando a diferença de tratamento entre condenados. “Vemos descasos como o de Sérgio Cabral, condenado a 400 anos de prisão e que está solto em sua cobertura no Leblon, enquanto Dona Ezauci, de 65 anos, foi presa e condenada a 17 anos de cadeia. Qual foi o crime dela? Recebeu gás lacrimogêneo e se abrigou dentro do prédio dos Três Poderes”.

Ele também criticou o presidente Lula e a inelegibilidade de Bolsonaro. “Hoje vivemos num país onde um bandido é presidente desta nação. Ele foi condenado em três instâncias, ficou preso por 580 dias, enquanto Bolsonaro está inelegível por uma reunião com embaixadores e pode ser preso por uma tentativa de golpe sem arma e sem exército”.

Caio Bebeto também questionou a declaração de um ministro do STF sobre derrotar o bolsonarismo e mencionou o caso do deputado federal Nikolas Ferreira. “É normal um ministro do STF falar ‘Nós derrotamos o bolsonarismo’, enquanto Nikolas Ferreira foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República porque chamou o Lula de ladrão, porque falou a verdade?”.

Finalizando seu discurso, ele reforçou a necessidade de mobilização e luta por um país melhor. “Estamos passando por dias difíceis, mas eu quero um país melhor para os meus filhos, para os meus netos, e eu não vou parar de lutar. E eu sei que, se cada um fizer sua parte, o Brasil tem jeito e vai dar certo. Eu conto com cada um de vocês nessa luta. Vamos juntos! Fora Lula, anistia e volta Bolsonaro!”.

Texto: Gabriela Flores