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Cabo Bebeto
Deputado Estadual
O “silêncio ensurdecedor” dos órgãos de fiscalização e do judiciário diante da iminência de mais uma tragédia provocada pela mineradora Braskem, em Maceió, foi lamentado pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PL) nesta terça-feira, 05.
Em pronunciamento feito na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o deputado disse que muito se fala em crime ambiental, porém, “se tem crime, tem criminoso e, consequentemente, tem indiciamento, no entanto, passados cinco anos do surgimento do problema ninguém foi preso”, observou.
Cabo Bebeto lembrou que, em 2020, o Ministério Público Federal prendeu homens porque mataram um jacaré e afirmou: “Na lagoa tem jacaré”. Outro caso citado foi o de um restaurante da capital, multado em R$ 5 milhões por causa da comercialização de caranguejos, e mais uma vez destacou que na lagoa também tem caranguejos. “Quem sabe se focarem nos animais o judiciário aja com mais energia, pois 60 mil maceioenses estão sendo atingidos e temos que responsabilizar os irresponsáveis”, defendeu.
Afirmando que o problema se “instalou” na cidade em 1976, com a chegada da Salgema, hoje Braskem, Cabo Bebeto sugeriu que todos os governadores de Alagoas e prefeitos de Maceió, que ocuparam cargos até 2018, quando o problema surgiu, e atingiu diversos bairros da capital, devem ser indiciados, assim como diretores e presidentes de órgãos de Meio Ambiente. “Não podemos aceitar dois pesos e duas medidas, pois existem responsabilidades. No mínimo devem responder por omissão e por crime junto com a Braskem, onde não há mais dúvida que é culpada”.
CPI
A criação da CPI da Braskem também foi abordada por Cabo Bebeto, que questionou o propositor, senador Renan Calheiros, afirmando que ele se calou durante anos e acrescentou que não é prudente. “Logo ele, que foi presidente da Salgema?”, questionou o deputado.
“A diretoria da Braskem agiu de forma criminosa em Maceió e a Justiça tem que agir com seriedade e energia”, falou Cabo Bebeto, ressaltando que “Maceió sangra pela omissão de diversos agentes públicos e de uma empresa criminosa”.
Texto: Gabriela Flores
Foto: Ascom/ALE