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Cabo Bebeto
Deputado Estadual

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Cabo Bebeto critica generalização do MPF em julgamento sobre 8 de janeiro: “Democracia relativa”

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) fez uso da palavra nesta quarta-feira, 13, para criticar o posicionamento do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico dos Santos, durante o julgamento de quatro réus supostamente envolvidos nos atos de 8 janeiro, em Brasília.

Cabo Bebeto comentou que Santos defendeu que “o Ministério Público Federal não tem que descrever a conduta de cada um dos executores do ato criminoso, mas o resultado dos atos praticados pela turma. Não se fazendo necessário descrever quem quebrou uma porta, quem quebrou uma janela ou quem danificou uma obra de arte, porque responde pelo resultado a multidão, a turba, aquele grupo de pessoas que mantiveram um vínculo psicológico na busca de estabelecer um governo deslegitimado e inconstitucional”.

O parlamentar disse que o que está acontecendo é muito perigoso. “Se houvesse realmente um vínculo psicológico de todas aquelas pessoas, os prédios ainda estariam de pé?”, observou. “As imagens são claras, a minoria entrou e uma pequena parte provocou destruição”, falou Cabo Bebeto.

“Não há fatos, provas, indícios para colocar todos em pé de igualdade na responsabilidade pelos atos criminosos”, defendeu o deputado, que ainda questionou: “Por que o desinteresse em identificar as pessoas que efetivamente praticaram danos e que aparecem nas imagens?”.

“Por que a esquerda não se esforça para identificar quem foram os financiadores, que arcaram com as despesas dos ônibus saídos do Ceará para Brasília, e que a polícia daquele estado já identificou que fazem parte de organizações criminosas?”, indagou Cabo Bebeto.

O deputado lamentou que o Supremo Tribunal Federal (STF), que quer criminalizar uma pessoa que se sentiu injustiçada e pediu ajuda às forças armadas, é o mesmo que quer descriminalizar a posse de drogas. “Viva a democracia relativa”, disse Cabo Bebeto, afirmando que aguarda o momento em que os direitos de todos sejam respeitados e os julgamentos individualizados.

Texto: Gabriela Flores

Foto: Ascom ALE