Cabo Bebeto questiona pagamento de super salários, atraso do PCCs da Saúde e defende: “não podemos estar à mercê desse jogo político”

O descaso praticado na Secretaria de Estado da Saúde contra a maioria dos seus servidores foi, mais uma vez, criticado pelo deputado estadual Cabo Bebeto, na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta quarta-feira, dia 25.

O parlamentar comentou que tem recebido diversas denúncias de servidores da pasta que, apesar de já terem aberto processo administrativo, ainda não receberam o valor referente ao 1/3 das férias de 2021.

Cabo Bebeto acrescentou que, enquanto várias denúncias estão sendo feitas na Assembleia, mostrando um verdadeiro descaso com o dinheiro público, com pagamentos de salários astronômicos, essa outra situação na Sesau é prova do desprezo com aqueles que se dedicam sem medir esforços, há anos, à Saúde do nosso estado.

Considerando que os funcionários da Saúde clamam pela implantação correta do Plano de Cargos e Carreiras (PCCs) para obter as promoções horizontais, o deputado comentou que “desde 2015 há um processo iniciado, que se encontra parado na Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), e, segundo informações, já existe inclusive uma minuta de Projeto de Lei para ser enviada à ALE, e que, ainda conforme a Seplag, a pasta está aguardando que seja realizado estudo do Impacto Financeiro, para possível alteração da lei e correções dos níveis fixados de forma equivocada por Lei anterior. São seis anos de um processo parado, enrolando os servidores com ‘banana e bolo’”, reclamou Cabo Bebeto.

Diante do posicionamento da Secretaria, Cabo Bebeto lamentou que, infelizmente, a Sesau não tem o mesmo zelo para realizar estudo de impacto financeiro ao pagar R$ 72.000,00 a um funcionário que está em três lugares ao mesmo tempo, ou do seu assessor que se comporta da mesma forma. “Nessa hora não é medido o impacto financeiro?”, questionou o deputado.

A falta de reconhecimento do secretário com o pessoal que integra o administrativo da Sesau é gritante. A progressão não está sendo concedida aos funcionários, mesmo àqueles que investem na sua capacitação, aumentam o nível de escolaridade, fazem especializações, mestrado, doutorado entre outros. “Lamentavelmente, o próprio órgão exige que o profissional se capacite, mas não reconhece o resultado de seu esforço. É preciso que o Executivo mostre que realmente quer fazer algo”, cobrou o deputado.

Em aparte à fala do Cabo Bebeto, a deputada Jó Pereira também defendeu a cobrança feita pelo parlamentar e reiterou que há anos está intercedendo junto à Seplag buscando a remodelação da remuneração do servidor público, que “muitas vezes, quando faz as contas, paga para trabalhar”.

Cabo Bebeto encerrou seu pronunciamento frisando que, por diversas vezes, solicitou informações às secretarias de Estado e lamentavelmente as respostas são evasivas. “Temos que procurar uma forma de responsabilizar essas pastas. Não podemos estar à mercê desse jogo político”, concluiu.

Foto: Igor Pereira