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Cabo Bebeto
Deputado Estadual

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Cabo Bebeto diz que governador está “segurando verba” para estudo das lagoas

A liberação da emenda para o monitoramento das lagoas do complexo lagunar Mundaú-Manguaba e o os empréstimos consignados dos servidores públicos foram tratados pelo deputado Cabo Bebeto, na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), desta quarta-feira, dia 26.

O parlamentar lembrou que, em meados de junho de 2019, ocorreu um caso de mortandade massiva de peixes no complexo lagunar Mundaú-Manguaba, e não foi a primeira vez que isso aconteceu em nosso estado.

Cabo Bebeto arguiu que, sempre que isso ocorre, várias autoridades se solidarizam com a situação e esquecem das cerca de 11 mil famílias que vivem e dependem do complexo Mundaú-Manguaba para sobreviverem, pois é nas águas das lagoas que encontram o seu sustento.

Diante dessa triste realidade, direcionou, por meio de emenda impositiva, R$ 500 mil à Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) para o projeto de monitoramento do complexo lagunar, que será desenvolvido por oito pesquisadores sob a coordenação dos professores Ruperto Júnior e Emerson Carlos, ambos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com o objetivo descobrir a origem do problema e trazer a solução para que desastres ambientais como esse não venham mais a ocorrer.

Considerando que os estudos terão uma duração de três anos a partir da liberação da verba, cada dia que passa é uma dia a menos de vida de nossas lagoas, disse Cabo Bebeto, lembrando que “a verba fora direcionada para ser utilizada em 2020 e até a presente data o Governo do Estado não liberou a referida emenda, ou seja, no momento em que o executivo pode, de fato, fazer algo concreto para resolver a situação, fica segurando uma verba que é fruto de Lei”.

Já passou da hora do Governo do Estado ouvir esta Casa e cumprir a Lei, disse o deputado, e defendeu que “não há qualquer razão para que essa emenda, que é direcionada a todo o estado de Alagoas, já que trata de salvar o maior complexo lagunar de nosso estado e um dos mais importantes do Brasil, seja segurada pelo Governo do Estado, que fica somente parado assistindo, achando que cumprir a Lei é uma escolha dele”.

O deputado Inácio Loiola (PDT) aparteou a fala do Cabo Bebeto e destacou a importância da pauta defendida pelo parlamentar, afirmando que nenhum estado brasileiro possui um complexo lagunar como o nosso e lamentou que, ao longo dos anos, elas (as lagoas) venham passando por um processo grande de degradação.

Também em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN) lembrou que a mortandade de peixes acontece sempre e, apesar da recorrência, as causas não são apontadas e não há nenhum trabalho que cuide das nascentes dos rios que formam as lagoas, destacando que esse tema é de suma importância para todos os alagoanos.

“Presente de grego”
Ainda em seu pronunciamento, Cabo Bebeto lembrou que,  na sexta-feira,  dia 21, o Governador Renan Filho apresentou o que ele chamou de “boa notícia” para os servidores ao afirmar que iria “suspender o recolhimento das parcelas dos empréstimos consignados por 90 dias e que estava estudando a possibilidade de aumentar de 35 a 40% o poder de endividamento do servidor, o que é chamado de margem”, para que o servidor possa, assim, efetuar novos empréstimos.

“Eu me contive em falar sobre isso de imediato, apesar de haver entendido que a informação estava, mais uma vez, sendo repassada de forma errada”, disse o deputado Cabo Bebeto.

Após o anúncio, o parlamentar relatou que percebeu a euforia de muitos servidores que comemoraram a notícia como se fosse um presente para eles e lembrou da história do Cavalo de Tróia. Aquele grande cavalo de madeira construído pelos gregos durante a Guerra de Tróia, e que foi decisivo para a conquista da cidade fortificada e de onde nasceu a expressão Presente de Grego.

Fazendo essa analogia, Cabo Bebeto comentou que os troianos, neste caso, são os servidores estaduais, que acham que estão recebendo um presente do Governo do Estado, porém, na verdade, além de a história não estar “bem contada”, esse “presente” vai ser pago pelo próprio servidor bem mais adiante.

O deputado explicou que o servidor que já possui um empréstimo terá que fazer um novo acordo, aí sim ele terá uma carência para pagar a primeira parcela, no entanto, isso só vai acontecer se o servidor tiver margem para fazer o novo empréstimo ou se não tiver renovado recentemente.  

Outro alerta do parlamentar foi que não haverá pausa no pagamento, ou seja, não vai haver suspensão do pagamento, o servidor vai ser obrigado a fazer um novo empréstimo e receber com alegria seu Cavalo de Tróia.

Quanto ao aumento da margem, além de ainda estar em estudo, Cabo Bebeto recordou que o “bondoso” aumento do desconto da contribuição previdenciária de 12 para 14% reduziu essa possibilidade para a grande maioria dos servidores que vivia no limite de sua margem e, agora, poucos terão essa possibilidade e alertou que  “o estado não está dando nada de mão beijada e o prejuízo poderá ser maior no futuro”.

O deputado Davi Maia (DEM) fez um aparte à fala do Cabo Bebeto e disse que desde ontem vem questionando as ações do governo e que essa iniciativa “é uma nuvem de fumaça, pois o índice de popularidade de Renan Filho está caindo”, declarando que “o povo não se engana mais com lobos em peles de cordeiro”.

Sobre os empréstimos consignados, o presidente da Casa de Tavares Bastos, Marcelo Victor (Solidariedade), comentou que essa questão não pode ser gerida pela administração pública, pois quem cuida disso é o Banco Central.

Texto: Gabriela Flores/Ascom Cabo Bebeto
Foto: Vinicius Firmino/ALE